terça-feira, 30 de dezembro de 2008

SEM MEDO

SEM MEDO

Na obscura noite fria.
De um tal vazio e abandono
Me procuro e não encontro
Procuro o sentido da vida.

Mascarei por tanto tempo
O que não podia esconder
Evidências e verdades
Tão visíveis, tão reais.

A voz presa na garganta
Com medo de sussurrar
Medo que alguém me ouvisse
E me tirasse de lá.

Me tirasse do abandono
Me libertasse afinal
De uma vida sem sentido
Sem começo, nem final.

Contraditório eu bem sei
Porém difícil aceitar
Muitas vezes não queremos
Não queremos acreditar.

Que de repente do nada
Tudo possa enfim mudar
E que de tristes e mudos
Enfim possamos falar.

Falar, gritar e sorrir
Deixar a voz se soltar
Como um pássaro que canta
Feliz, sem medo de errar.

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